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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Enfeitiçado pela magnitude da mulher.


Filipa Raposa

Depois que a literatura médica anunciou, em meados do século XIX, que as mulheres sofriam de anestesia sexual, muitas coisas ficaram mais fáceis de resolver. Já que a mulher não sentia excitação, não cabia ao homem a obra de satisfazê-la. Além disso, ele não precisava preocupar-se com amenidades como um par de chifres.
Quando, porém, alguma moça forte e bem alimentada encetava o estranho hábito de subir paredes de costas, algo estava errado. Normalmente eram distúrbios. Nestes casos, a prescrição médica era homeopática, como o incentivo às tarefas domésticas ou artesanatos que amenizavam a tensão. O bordado, pelo alto grau de concentração, era o mais receitado. Por isso, as mulheres daqueles tempos eram compenetradas, sérias.
Se nem isso adiantava, então o caso era mais grave. As prostitutas eram pessoas especiais porque sofriam de distúrbio chamado de desejo incontrolável. Uma das principais características era visível através dos dentes, que estavam sempre à mostra. Já que não tinham suas partes adormecidas, podiam prestar serviços à carente comunidade masculina. Naquela época, se podia distinguir, com segurança, uma mulher para casar de uma para fazer sexo.
Essa descoberta científica revolucionou a vida de milhares de famílias, permitindo aos homens eretos solucionarem, na rua, seus problemas ejaculativos. Antes dessa novidade, porém, a análise era menos precisa quase mística. Normalmente era o vigário quem dava o veredicto. Nove em cada dez casos tinham o mesmo diagnóstico.
Embora sem verrugas no nariz, nem vassouras voadoras, essas moçoilas saudáveis eram chamadas de bruxas. Por isso era preciso muito cuidado com o menor sinal. Além dos distúrbios de subir paredes, havia os sinais físicos. Mulheres de olhos verdes e cabelos vermelhos era bruxa na certa e, para apagar o fogo da moça, jogavam a moça no fogo.
Um dos casos célebres aconteceu com Filipa Raposa. Casou com Bento Teixeira, autor da famosa Prosopopéia, em 1594. Filipa tinha cabelos cor de fogo e fogo nos olhos verdes. Era uma bela moça e deu muito trabalho, enquanto o marido trabalhava muito para escrever as oitavas recheadas de amabilidades ao donatário da Capitania de Pernambuco.
Segundo as linguarudas da época, logo após o matrimônio, a moça, insaciável desde os verdes anos da adolescência, já dera o que falar na pequena Olinda. As constantes mudanças de lugar não arrefeceram as partes da pecadora.
Antes que fosse jogada na fogueira, o marido, preocupado com a reputação da esposa, assassinou-a com decassílabas facadas. Seguiu a tradição, de matar esposas adúlteras. Bento nunca mais viveu em paz. Tirou a vida da bela, que sequer podia ser bruxa, puta ou mulher.
Olhando assim, diacronicamente, parece estranho que práticas medievais ainda sejam adotadas por homens modernos, que manuseiam com destreza equipamentos eletrônicos de última geração, mas seguem preceitos da inquisição. A tradição é a traição de novos conceitos. Quando o homem se der conta disso, talvez possa ser enfeitiçado pela magnitude da mulher. Da mulher inteira.



* Como a mulher do passado recorre ao artesanato para tirar da cabeça tanta tara, mas o artigo é como uma mulher pode ser levada a fogueira por ser mulher.
* É uma pena que as mulheres por carência acabam se tornando vitimas de seus desejos e escravas dele, por isso brinquedo nas mãos de quem não se importa com suas emoções, muito menos pelo que acontece com seu corpo e desejos que eles despertam!
*Levar uma mulher para cama é fácil sustentar os seus desejos que não, acabam deixando o amor ficar morno, isso quando não a descarta, ela que segure a fera desperta.
*Mas existem aquelas mulheres que são tidas como bruxas, elas comandam as relações, elas andam um passo a frente do amado, adivinha pensamentos e reações que o torna frágil diante dela... Como se ela tivesse bola de cristal lendo sua alma isso o assusta!
*Na verdade ela estuda o amado até conhecê-lo como a palma de sua mão, Mora ai sua esperteza,
*Se ela tiver uma personalidade forte passa a viver dentro dele, tomando sonhos e razão
* Já fui acusada de bruxaria muitas vezes
1- um cara ficou sonhando comigo perguntou se tinha feito café na cueca dele
2-outra vez porque descobri um segredo negro do passado de uma cara sem ele me contar ,mas é que sei ler nas entrelinhas
3 Porque ao esta do meu lado desperto tanto corpo quanto espírito
Isso não é bruxaria é autenticidade, que influi na vida de outro ser!

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