Queria poder arrancar esta pagina da minha alma,
Por que a vida te trouxe até meus braços,
Passarinho ferido, assuntado, sem acreditar que podia voar...
Meu frágil coração na abundante vontade de te amparar,
Ser a salvadora de tua extinção, raro pássaro,
Fui entregando-me e te aprisionando, queria teu cantar só para mim,
Queria teu colorido para enfeitar meu viver.
Mas pouco a pouco te vi perder as penas,
Deixar o gosto pelo canto,
Não cantava mais :
Quando te alimentava com finas folhagens verde do meu sentimentos,
Brotos da minha existência,
Folhinhas delicadas que no principio te alegrava,
Mas com o tempo no bico rasgava como se nunca fosse o bastante, insatisfeito viver.
Abri então a gaiola de teu viver,
Enterrei o sonho de ver-te pousar no meu dedo,
Sem prisão, com tua rendição alinhados na emoção,
Mas que tola fui ,ao libertar-te ,
Tornei-me prisioneira do teu amor.
Agora enquanto voas liberto, em busca de aventuras,
Sem ninho que te acolhe, pernoitamento de tua alma,
A minha chora, porque mesmo sem viver trancada,
Fui aprisionada, pela emoção de um dia pensar que foi meu teu amor.
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